Planejamento de Ensino de Língua Portuguesa para o ano Letivo de 2012
Justificativa
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o ensino de Língua Portuguesa deve preparar o aluno para a vida, qualificando-o para o aprendizado permanente e para o exercício da cidadania. Se a linguagem é atividade interativa em que nos constituímos como sujeitos sociais, preparar para a vida significa formar locutores/autores e interlocutores capazes de usar a língua materna para compreender o que ouvem e lêem e para se expressar em variedades e registros de linguagem pertinentes e adequados a diferentes situações comunicativas. Tal propósito implica o acesso à diversidade de usos da língua, em especial às variedades cultas e aos gêneros de discurso do domínio público, que as exigem, condição necessária ao aprendizado permanente e à inserção social. Qualificar para o exercício da cidadania implica compreender a dimensão ética e política da linguagem, ou seja, ser capaz de refletir criticamente sobre a língua como atividade social capaz de regular - incluir ou excluir - o acesso dos indivíduos ao patrimônio cultural e ao poder político.
O aluno precisa aprender e apreender a escrita e a leitura como forma de interpretar e conhecer a si mesmo e ao mundo. Ele necessita saber usar a língua materna em diferentes situações ou contextos para inserir-se na sociedade e conquistar seu espaço no mercado de trabalho. O jovem contemporâneo não pode correr o risco de ser mal interpretado numa sociedade que cobra caro pela omissão tanto quanto pela duplicidade de ideias. Ou se tem personalidade e se é autêntico, ou as pessoas dirão o que deve ser feito. A língua é a identidade de uma nação. Ensiná-la é também resgatar o patriotismo, valorizar o que é nosso, colocar em prática a cidadania e preparar o jovem para a vida.
Objetivos
• Compreender e produzir textos, orais ou escritos, de diferentes gêneros.
• Ler jornais, produtiva e autonomamente.
• Ler livros literários, produtiva e autonomamente.
• Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
• Reconhecer a língua como instrumento de construção da identidade de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
• Compreender a escrita como simbolização da fala.
• Compreender a necessidade da existência de convenções na língua escrita.
• Valorizar a escrita como um bem cultural de transformação da sociedade.
• Usar variedades do português, produtiva e autonomamente.
• Posicionar-se criticamente contra preconceitos lingüísticos.
• Mostrar uma atitude crítica e ética no que diz respeito ao uso da língua como instrumento de comunicação social.
• Ler textos literários com envolvimento da imaginação e da emoção.
• Reconhecer e participar do pacto proposto por diferentes gêneros literários.
• Reconhecer o texto literário como lugar de manifestação de valores e ideologias.
• Reconhecer mitos e símbolos literários em circulação na cultura contemporânea.
• Identificar valores veiculados por mitos e símbolos em circulação na cultura contemporânea.
• Posicionar-se criticamente frente a ideologias e valores veiculados por mitos e símbolos em circulação na sociedade contemporânea.
• Organizar ações coletivas de apresentação e discussão de textos literários e outras manifestações culturais.
• Valorizar a literatura e outras manifestações culturais como formas de compreensão do mundo e de si mesmo.
Conteúdos Programáticos do 1° Bimestre
Leitura
• Textos relacionados ao humor
• Texto teatral
• Depoimento de humoristas
• O humor e a crítica social
• A magia do espelho
Produção de Texto
• Texto teatral
• Crítica
Linguística
• Discurso citado
• Discurso citado nos textos ficcionais
• Discurso direto e indireto
Língua
• Revisão das classes gramaticais
• Sujeito e predicado
• Sujeito indeterminado
• Oração sem sujeito
• Vozes do verbo
Ortografia
• Fonema e letra
• Emprego do S
Conteúdos Programáticos do 2° Bimestre
Leitura
• Textos relacionados ao universo adolescente , à psicologia, aos valores e à sensibilidade do adolescente
• Mito de Narciso
Produção de Texto
• A Crônica
• A crônica Argumentativa
Linguística
• Denotação e Conotação
Língua
• Predicado Verbo nominal e predicativo do objeto
• Modo Imperativo
• Figuras de Linguagem
Ortografia
• Ortoepia e prosódia
Conteúdos Programáticos do 3° Bimestre
Leitura
• Textos relacionados à consumo
• Educação e consumismo
• Consumismo e dona de casa
• Publicidade
• Um olhar no espelho
Produção de Texto
• Anúncio
• Carta de Leitor
• Carta-denúncia
Linguística
• A conectividade
Língua
• Complemento nominal
• Aposto
• Vocativo
• Pontuação
• Problemas semânticos concernentes à relação entre pontuação e o complemento nominal, o aposto e o vocativo.
Ortografia
• Emprego da letra Z,
• X ou ch
Conteúdos Programáticos do 4° Bimestre
Leitura
• Textos relacionados às diferenças humanas: raciais, sociais e comportamentais
Produção de Texto
• Texto de divulgação científica
• seminário
Linguística
• Coerência e coesão
• Avaliação apreciativa
• Uso dos recursos gráficos: aspas, itálico, negrito, (sic)
Língua
• Conjunções coordenativas e subordinativas
• Períodos Simples e compostos
• Período composto por coordenação
• Período composto por subordinação
Ortografia
• Uso dos porquês.
Metodologia de Ensino
• Introdução do Tema
• Discussão
• Pesquisa
• Leitura silenciosa e oral
• Resolver atividades propostas de compreensão e interpretação, linguagem , lingüística e produção de texto
• Uso da norma padrão e não padrão em diferentes situações de comunicação
• Manipulação e uso de jornais, revistas e propagandas
• Leitura extraclasse
• Gincanas e brincadeiras
• Atividades em grupos
• Confecção de cartazes e painéis
• Oficina de textos
• Recriação de textos já lidos
• Favorecer a desinibição, encorajar a expressão espontânea e estimular a fluência de idéias
• Respeito pela idéias dos outros
• Leitura de diferentes gêneros orais e escritos
• Antologias de textos produzidos pelos alunos
• Teatro
• Debate
• Atividades de escrita coletiva ou individual
• Entre outros
Avaliação
Se é função da escola criar condições para que o aluno aprenda determinados conteúdos e, sobretudo, desenvolva determinadas habilidades, ela precisa, o tempo todo e de diversas formas, avaliar se está atingindo seus objetivos. Ao professor, a avaliação fornece elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho, sobre
ajustes a fazer no processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Ao aluno, permite a tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. À escola, possibilita definir prioridades e identificar que aspectos das ações educacionais demandam apoio. A avaliação deve ocorrer antes, durante e após o processo de ensino e aprendizagem. Avaliando permanentemente, o professor capta o crescimento do aluno no decorrer do tempo e evita que uma situação não desejável permaneça acontecendo até que chegue ao patamar do irremediável.
A fase investigativa ou diagnóstica inicial instrumentaliza o professor para pôr em prática seu planejamento de forma a atender às características de seus alunos. Informando-se sobre o que o aluno já sabe a respeito de determinado conteúdo, o professor estrutura o planejamento, define os conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados. Vale frisar que a avaliação investigativa não deve destacar-se do processo de aprendizagem em curso, impedindo o professor de avançar em suas propostas e fazendo-o perder o escasso tempo escolar de que dispõe. Pelo contrário, ela deve realizar-se no interior mesmo do processo de ensinoaprendizagem, já que os alunos inevitavelmente põem em jogo seus conhecimentos prévios ao enfrentar qualquer situação didática.
Durante o processo, é conveniente que o professor, junto com os alunos, faça paradas para monitorar os produtos e processos, alterar rotas, tomar consciência do que cada um ainda não sabe e buscar caminhos para avançar. É importante que os alunos participem dessa avaliação formativa e que sejam apoiados pelo professor no processo de formação da capacidade de julgamento autônomo, consciente, a partir de critérios claros e compartilhados, de princípios de honestidade intelectual e espírito crítico.
A fase final inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos ao final de um período de trabalho, com base na síntese de todas as informações sobre o aluno obtidas pelo professor, ao acompanhá-lo contínua e sistematicamente. A avaliação deve ser multimodal, multidimensional. Isso quer dizer que ela deve ser feita por meio de diferentes instrumentos e linguagens — não só por meio de testes escritos; por outros
agentes, além do professor — o próprio aluno, um ou mais colegas, pessoas da comunidade; e avaliar não só conhecimentos, como também competências e habilidades, valores e atitudes aprendidos ao longo do tempo e demonstrados não só dentro da escola, mas também fora dela.
A diversidade de instrumentos e situações possibilita avaliar as diferentes competências e conteúdos curriculares em jogo, contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens para contextos distintos. A utilização de diferentes linguagens, além da verbal — teatro, fi lme, dança, música, pintura, expressão corporal, grafismos, etc. —, leva em conta as
diferentes aptidões dos alunos.
Atividades para avaliação:
• fazer um relatório
• fazer um ensaio fotográfico.
• montar um livro de recortes.
• construir um modelo.
• fazer uma demonstração ao vivo.
• criar um projeto em grupo.
• fazer um gráfico estatístico.
• fazer uma apresentação interativa em computador.
• manter um diário.
• gravar entrevistas.
• planejar um mural.
• criar uma discografia baseada no assunto.
• dar uma palestra.
• fazer uma simulação.
• criar uma série de esboços/ diagramas.
• montar um experimento.
• participar de um debate ou discussão.
• fazer um mapa mental.
• produzir um vídeo.
• criar um projeto ecológico.
• montar um musical.
• criar um rap ou uma canção sobre o assunto.
• ensinar o assunto a alguém.
• coreografar uma dança.
• escrever textos
• responder a questões objetivas e subjetivas
• entre outras que se fizerem necessárias.
Aspecto importante a ser considerado é que qualquer atividade didática pode será usada como avaliação: algumas serão adequadas como avaliações parciais, outras como avaliações finais, a depender do grau de complexidade das habilidades requeridas.
Concordamos com Luckesi quando diz que “ a avaliação é uma atividade que não existe e nem subsiste por si mesma, ela só faz sentido na medida em que serve para o diagnóstico da execução e dos resultados que estão sendo busca dos e obtidos.A avaliação é um instrumento auxiliar da melhoria dos resultados”.
Entendemos que a avaliação não deve ter como objetivo central promover ou reter o aluno, mas deve ser um instrumento que integre o processo de ensino-aprendizagem e, cada realização, redirecione os objetivos e as estratégias desse processo.
Por essa razão, a avaliação deve assumir na prática escolar um significado diferente daquele que historicamente tem sido atribuído às provas, ou seja, o sentido de punição, de pressão psicológica, de ameaça e até de “vingança”em relação à postura disciplinar do aluno ou da classe.
Como o binômio ensinar-aprender não se faz de uma forma que estanque e passiva-ou seja, o professor ensina(elemento agente)e o aluno aprende(elemento passivo)-mas em um processo de interação entre professor e alunos e entre os próprios alunos, a avaliação não pode estar desvinculada da noção de processo.
A nossa disciplina, pela riqueza de atividades que oferece, permitem uma variedade de instrumentos de avaliação, que vão desde a verificação de conhecimentos lingüísticos(como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até a produção de texto(individual e/ou em grupo), pesquisas sobre conteúdos lingüísticos , atividades e estudos desencadeados pela leitura extraclasse, seminários, trabalhos criativos de representação teatral, shows musicais, exposições,etc.
Que não se compreenda a diversidade de avaliações como maior quantidade de correções e, consequentemente, de trabalho para o professor. Nem tudo deve passar, obrigatoriamente, pela correção gramatical feita pelo professor. Todas as atividades pode e devem ser permanentemente avaliadas, considerando-se que o caráter da avaliação consiste em verificar se as atividades propostas e realizadas atingiram o objetivo de aprendizagem. Nesse sentido, um exposição oral pode ser avaliada, e prescinde de correção gramatical(por escrito); o mesmo se verifica quanto a um trabalho criativo ou a uma exposição de painéis.
Conclusão
Este Planejamento foi elaborado de acordo com o CBC, conforme Legislação vigente e em consonância com o novo livro didático. Considerando-se que a observação contínua dos alunos no decorrer do ano é passível de imprevistos, serão admitidas modificações a qualquer tempo, em nome da flexibilidade que se presume fazer parte do lema de instituições empreendedoras e humanizadas, e desde que estas modificações beneficiem a aprendizagem discente.
A ordem dos conteúdos também poderá ser alterada caso o professor identifique a necessidade de rever conceitos básicos ainda não assimilados pelos alunos e cujo domínio seja essencial para a progressão nos estudos. Nossas metas são ambiciosas, mas será o ritmo de cada aluno e o perfil de cada turma que nos darão a extensão de nossos passos e a melhor direção a seguir, ainda que isso signifique intervir por meio de outros recursos metodológicos e suspender temporariamente os planos traçados aqui.
Bibliografia
____________;CBC.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar: Português : Linguagens. 5.ed.reform.- São Paulo: Atual, 2009